domingo, 2 de novembro de 2008

Mais Um Texto Longo Que Não Dá Vontade De Ler Até O Fim

Todo o meu mundo de cabeça para baixo
Tudo mudou agora, enfim
Todos os meus anseios mudaram, sumiram
Tudo que senti é, agora, diferente

Não é estranho, não é assustador
É diferente!
Mudei, tanto quanto eu quis, mais do que imaginei ser capaz

E vivo essa outra vida
Me deslumbro, me surpreendo
Sinto o frio na barriga, o medo do diferente
O desconhecido

E adoro o desconhecido, o teste
Já tinha perdido a esperança de não saber o que estou fazendo
Mas consegui errar, consegui descobrir, consegui não entender

Que delícia toda essa minha ignorância
Que prazer em enfrentar o desconhecido
Que maravilha sentir a insegurança do desconhecido
Não ter certeza do que fazer

Enquanto a vida me surpreender
Me desafiar
Bater na minha cara, obrigando o não saber

Ela faz sentido
É necessária
É linda

E eu viverei anos acreditando saber de tudo
Mesmo sem saber nada

E dedicarei os meus esforços em busca de algum porque
Não para encontrar enfim, mas para buscar
A beleza de fazer parte de toda essa angústia
Não é ter certeza, é saber que ainda não sei

A beleza da ignorância que me obriga a continuar
Viver para conhecer o desconhecido
Transpor todas as barreiras
Sempre descobrir

É o culto irracional em saber de tudo
Mas nunca saber sobre tudo
Aprender a cada dia

Se não tiver o que aprender
De que vale viver
Doce é o sabor de minha ignorância
Que me mantém vivo
Que me desautoriza

Que faz cada momento
Outra aprendizagem
Que me autoriza continuar aprendendo
Que me obriga a saber
Que mantém esse corpo velho e calejado
Sedento por aspirações juvenis

Sim, eu pareço cansado
Tenho rugas de infelicidade, de decepções
Tenho um meio sorriso de alegrias, tenho soluços de paixão

Mas velho nunca serei
Porque nunca me acomodarei em ser ser-humano
Nunca estarei satisfeito
Os anos passarão...mas nunca aceitarei calado nossa condição

Luta, despeito, incomformidade
Somos animais diferentes, façamos jus a essa condição

Vou morrer antes de participar de toda essa mudança
Mas daqui um tempo...este blog ignorado fará sentido
De louco passarei a inovador...e as minhas excentricidades farão sentido
E a nossa classe...seres-humanos, independentes de nível social, classe, cor e religião, estaremos no mesmo ideal, lutando para sobreviver

Em algum momento lembraremos da idade média, e o individualismo não predominará e poderemos novamente se dedicar ao bem de todos

Não é poesia, é um texto para o outro blog, mas se eu conseguir convencer uma pessoa a racionalizar sobre o individualismo selvagem e opressor atual e fazer com que essa tal pessoa pelo menos racionalize sobre o quanto nos tornamos indiferentes, cumprirei minha meta.

Eu sei que na verdade eu escrevo prá mim, eu falo de amor, lealdade, de corações partidos, ninguém quer saber, já basta viver, já basta sentir. Mas eu não acredito nas pessoas, e se valer a pena para alguém, espero que acabem com meus argumentos. Que me botem no chinelo, que façam um descrente crente. Mas cá entre nós, ser-humano? Vocês ou eu, paixão pelo absurdo e por ganho pessoal!

Ser-humano é ridículo, os outros, vocês, eu. Mas a natureza é violentamente sabia, nos dá o livre-arbítrio, mas nos mata ou nos enloquece quando atingimos o limite!

Grande abraço e reconhecimento a todos os humanos, mas é libertador saber que em algum momento seremos verdadeiramente livres para morrer.

Espero que a morte seja a liberdade, se existir alguma coisa depois da morte será extremamente frustante, até quando teremos que pagar por nossas idiotices? 70 ou 100 anos é o suficiente, se tiver mais depois de tudo, seria muito frustante. A vida vale a pena se tu puder descansar, se tiver que responder durante a eternidade é muita sacanagem.

Eu quero morrer satisfeito, pagar pela minha idiotice agora, viver minha hipocrisia, não passar a eternidade me absolvendo.
Mas eu costruo minhas metáforas, minha idiossincrásias, minha mediocridade. Não sou tudo que eu queria, mas sou tudo que posso ser. Interessante, idiota. Mas, verdadeiro. Porra, eu sou todo o Lucas possível, e espero que todos possam ser o seu possível apesar de não ser excelente.

Como só eu vou ler o que está escrito, fica como um depoimento ou lembrete para mim, para que eu me lembre que eu não sou perfeito, mas sou único. Que eu me lembre de quem eu sou, que eu me orgulhe de ser completamente fora da casinha. Que eu tenha em mente que apesar de eu fingir ser uma pessoa normal para não ser excluído, eu tenho um pensamento flutuante que confunde a mim mesmo!

Para finalizar, grande abraço Lucas, tu não é o que imaginamos, mas tu é uma figura igual!

2 comentários:

Rubicreide disse...

Eu acho tudo muito essencial.

Adriana Gehlen disse...

eu acho que ignorancia é pra ser feliz.
a gente é muito triste com nossa pseudo inteligencia. sei lá. hahahaa
=

não tô pra surubas, só pra orgasmos.
e com um só tá bom. e é melhor. diga-se de passgem
:p
besos. te gosto mucho