sábado, 4 de outubro de 2008

Ode À Mediocridade

E o mundo moderno tomou forma, com toda a competição e necessidade de ser o melhor, o primeiro, o pioneiro, o vencedor, porque já não se faz sociedades em busca do bem comum, o que se faz são aglomerações de pessoas que disputam o mesmo campeonato. A competição, o macho alfa, o título de melhor. O termo mediocre se tornou pejorativo, ser mediocre é ser menos. Mas porquê? Mediocre é melhor do que menos, é estar na média, e estar na média não é ruim, até porque acima da média é para poucos. O capitalismo criou a rivalidade exarcebada, hoje aceitar o outro e aceitar a própria limitação é se contentar com pouco. Mas isso é uma gande bobgem, ao ser humano não foi dada a capacidade de ser melhor, se fosse assim não haveriam tantos. A genialidade é para alguns, à poucos é dada a capacidade de extrapolar os conceitos de seu tempo para garantir a evolução, mas a maioria é dotada com uma crença infinita que não questiona, mas que segue a tradição. A inteligência humana reside na capacidade de aprender e seguir. A mediocridade não é defeito, tanto que se existe Deus, ele lutou e ainda luta por ela. A mediocridade construiu a humanidade tal como é hoje. Apenas um cérebro é necessário para ver o mundo sob outro prisma, mas é necessário que vários deles acreditem nessa visão. O médio é o parâmetro para se definir uma civilização, uma ideologia. Como não somos capazes de ser o melhor, ou todos e cada um de nós sermos vencedores, voltemos o foco à mediocridade. Aceitar nossas peculiaridades e principalmente nossas limitações para redescobrir o conceito de sociedade. Aceitar a mediocridade é o primeiro passo para atingir a genialidade. E basta um mediocre como eu para perceber isso. Essa ânsia de ser o melhor nos jogou nesse lugar onde ninguêm atinge a genialidade porque estão preocupados em não ser mediocres.