sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Muito tempo passou desde a minha última necessidade de despejar opiniões, por um momento achei que tinha mudado, absorvido a idéia de ser gente comum, me transformado enfim na maior das minhas aspirações: gente normal! E eis que surge toda essa inspiração momentânea novamente, aquela ânsia de falar coisas absurdas sobre o absurdo. E então este sou, na mesma esquina, com as mesmas atucanações. A gente envelhece, mas não muda, e a necessidade de extravazar persiste mesmo que ainda ninguém se importe com isso. Eu tive um daqueles momentos, de novo, meio sem querer. Eu conheci alguém que eu nunca tinha conhecido antes, mas de certa forma é igual a tantos que eu já conheci por aí. Utilizei a mesma tática ou ladainha que costumo utilizar, mas sem esperar grandes coisas, mas me surpreendi. Questionei a existência de Deus, disse que não existia. Argumentei com a lógica que me é possível e enquanto me divertia questionando crenças alheias tive um momento de deslumbre próprio. Me deixei levar pela minha prepotência e adorei descobrir que minha relutância em aceitar Deus faz com que os que Nele creêm, acreditam ainda mais através da minha negativa. De certa foram, meu questionamento aumenta a crença. Cada vez mais eu admiro o ser humano, a capacidade de criar explicações para seu próprio não saber. E me anima saber desse crédito, pois quando as palavras tiverem a força de uma ação, então o mundo erá um lugar digno de se viver. Eu pensava que a humanidade estava fadada a destruição, hoje eu entendo que talvez, se tudo conspirar a favor tenhamos chance de salvação. Feliz de quem consegue ter esperança, sem hipocrisia, sem ilusões. Mas de alguma forma a luz no fim do túnel ainda não se apagou!